A cultura em que estamos inseridos ditou-nos um modelo familiar – patriarcal – e amalgamou modos de ser, vestir, comportar e pensar. A concepção de gênero resultante dessa cultura é uma representação construída, portanto, histórica, simbólica, relacional. E por ser construção, é passível de mudanças. Destarte, a masculinidade e a feminilidade não são realidades enraizadas em ordens naturais e menos ainda em dados anatômicos ou biológicos como defendem setores da sociedade. Qualquer ameaça que coloque em risco o modelo cultural, como uniões livres, homopaternidade, os contraceptivos e outros, é rechaçada veementemente. Dada a necessidade de certezas ou de contornos que nos assegurem, deparamos com dificuldades em acolher o novo, o diferente ou qualquer mudança que ameace o imaginário popular.
Palavras-chave:
Família, Patriarcalismo, Cultura, Natureza, Imaginário Popular.